
“No momento da aquisição de um bem, é importante que o consumidor deixe a emoção de lado e faça um bom planejamento, pois o pagamento do imóvel vai comprometer a renda da família por muitos anos”, alerta Marco Aurélio Luz, presidente da AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências.
Veja alguns passos que ajudam no momento da decisão de compra, listados pela AMSPA:
1. Economize parte do dinheiro. Coloque todas as despesas no papel e, junto com a família, defina quais despesas podem ser cortadas. O dinheiro poupado vai ser fundamental para dar uma boa entrada ao adquirir a casa própria. O ideal é quitar, pelo menos, 30% do valor total do bem na hora de fechar o contrato;
2. Verifique qual o teto do valor das prestações que você pode pagar. Não comprometa mais do que 30% da renda familiar;
3. Simule como ficaria o financiamento se fosse feito hoje. Quando for fechar o negócio, peça antes uma planilha do banco com a projeção de todas as parcelas do financiamento, incluindo as taxas extras e os seguros que compõem a prestação;
4. Tenha cerca de 50% do valor do imóvel depositado noFGTS, poupança ou em outras aplicações para se precaver contra desemprego, diminuição de renda, problemas de saúde na família, entre outras dificuldades imprevistas, que podem comprometer o pagamento das prestações;
5. Reserve dinheiro para pagar despesas, que inclui o IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano do imóvel, o ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (que gira em torno de 2% sob o valor do imóvel, dependendo do município), o registro da escritura e as certidões emitidas pelo cartório;
6. Compare as linhas de crédito imobiliário disponíveis no mercado;
7. Fique atento às taxas de juros. Quando for comprar, opte pelos contratos com uma taxa de juros fixa mais a TR –Taxa Referencial, ou seja, pós-fixada e pelas correções feitas pela tabela SAC ou SACRE;
8. Na dúvida, consulte um advogado. A opinião do profissional será essencial para saber se você está em condições de fazer um bom negócio.